A PCH Cumbuco e a PCH Geóloga Lucimar Gomes estão localizadas no rio Cumbuco, próximas ao encontro com o Rio das Mortes, no município de Primavera do Leste, conforme a figura abaixo.
Os empreendimentos irão produzir energia elétrica aproveitando as características do rio e o seu relevo, com a finalidade de aumentar a segurança energética brasileira dentro do Sistema Interligado Nacional (SIN) e cooperar com o desenvolvimento da região.
A PCH Cumbuco conta com queda bruta de 26m e produzirá 17 MW. Sua operação em regime de fio d’ água, com a área do reservatório de apenas 0,13km2.
O pequeno reservatório da PCH Cumbuco apresentará somente leves alterações no nível de água durante a passagem das cheias, contudo não trará quaisquer interferências em todo o seu entorno. O eixo de barra- mento será de aproximadamente 325m, entre uma margem e outra, e sua altura máxima, cerca de 30m.
O circuito de adução, posicionado na margem direita do rio, será composto por uma tomada d'água ligada ao barramento, um canal de adução, uma câmara de carga, um bloco de tomada d’água, duas galerias de concreto de adução para alimentar individualmente cada turbina instalada na casa de força/área de montagem, e canal de fuga.
O canal de adução terá aproximadamente 2,8km, terminando em uma câmara de carga em concreto, onde previu-se a implantação da tomada d’água. A conexão da tomada d’água à casa de força será feita por meio de duas galerias de adução em concreto para alimentar individualmente cada turbina instalada na casa de força.
De acordo com o planejamento de construção, as obras terão a duração de 23 meses.
A PCH Geóloga Lucimar Gomes conta com queda bruta de 28m e produzirá 18 MW. Sua operação não contará com reservatório, pois terá captação direto no leito do rio.
O canal de adução, posicionado na margem esquerda do rio Cumbuco, será composto por uma tomada d'água, um canal de adução, uma câmara de carga, um bloco de tomada d’água, duas galerias de concreto de adução para alimentar individualmente cada turbina instalada na casa de força/área de montagem, e canal de fuga.
O canal de adução terá aproximadamente 1,2km, terminando em uma câmara de carga em concreto.
A conexão da tomada d’água à casa de força será feita por meio de galeria de adução em concreto para alimentar individualmente cada turbina instalada na casa de força.
Para conseguir a Licença Prévia, o empreendedor deve apresentar os estudos ambientais que conclui se o empreendimento é viável ou não. O que significa isso?
A instalação do empreendimento deve trazer mais benef ício do que prejuízos. Bem, se os estudos demonstrarem que há mais benef ícios, o órgão ambiental emite a Licença Prévia.
Para emitir a licença, que autoriza o início das obras, o órgão ambiental faz algumas exigências, entre elas está o Plano Básico Ambiental – PBA.
Nesse documento estão descritas todas as ações que o empreendedor fará para controlar ou compensar os impactos ambientais que o empreendimento pode causar.
Essas ações de mitigação estão inseridas nos chamados Programas Ambientais. Se o PBA estiver de acordo com a legislação e o empreendedor tiver outras documentações adequadas, o órgão ambiental emitirá a Licença de Instalação.
Durante as obras, o órgão ambiental exigirá a implementação do Programas Ambientais e fará o acompanhamento por meio dos relatórios emitidos para saber se o empreendedor está cumprindo as ações do PBA.
Caso esteja tudo de acordo, quando a obra terminar, o órgão ambiental emitirá a Licença de Operação.
Mas alguns Programas Ambientais ainda serão executados nessa fase, pois ainda poderá haver impactos ambientais na fase de operação do empreendimento.
Antes de ser realizado o Estudo de Impacto Ambiental, o empreendedor que deseja construir uma PCH, por exemplo, realiza diversos estudos para entender se aquele projeto é possível de ser realizado. Esses estudos são chamados de Estudos de Viabilidade, neles analisam a vazão do rio, o relevo, o tipo de solo, entre outras coisas. Essa etapa define como o projeto será construído e onde é mais viável.
Após essa etapa, o empreendedor deve solicitar as licenças ambientais para a construção e operação do empreendimento. Para autorizar as licenças, a SEMA solicitou, neste caso, a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para entender como a região pode ser impactada pela chegada dessa obra.
A geração de energia elétrica no Brasil por meio de grandes ou pequenas centrais hidrelétricas corresponde a mais de 60% do total produzido, sendo considerada uma das principais fontes renováveis de geração, com mais de 900 unidades em operação (PCHs e UHEs) e mais 33 em fase de construção (Banco de Informações de Geração, ANEEL, 2019).
A utilização de energia elétrica em áreas como a indústria, agronegócio, residencial e o comércio teria maior impacto se caso houvesse maior utilização de termoelétricas, com maior utilização de combustíveis fósseis e emissão de poluentes. Neste caso, a construção de PCHs para continuidade de atividades ou produtos destes setores torna-se uma alternativa mais sustentável devido ao seu menor impacto ambiental.
Além da produção de energia, estas obras contribuem para o desenvolvimento econômico da região de implantação, com a promoção de empregos diretos e indiretos e aumento da arrecadação de impostos, resultando assim em ganhos financeiros para todos os envolvidos. Estes ganhos podem ser visualizados desde a fase de implantação da obra, com a contratação de mão-de-obra local até o uso de serviços como hotelaria e alimentação ofertados pelos comércios da cidade em questão.
Assim sendo, a implantação das PCHs Cumbuco e Geóloga Lucimar Gomes irão contribuir para o desenvolvimento sustentável com a integração da matriz energética vigente, ou seja, com a maior parte de energia gerada por meio de fontes renováveis. Este fator somado à contribuição para o desenvolvimento regional, geração de empregos e arrecadação de imposto justificam a sua implantação.
Contato em caso de dúvida referente as oportunidades de emprego no empreendimento:
Fixo: (65)3308-6303
E-mail: [email protected]